Eram as 20h no Rio de Janeiro, meia-noite
em Portugal e, por isso, já dia 22. Uma lua enorme, amarela, surgia por detrás
do morro do Leme, iluminando a praia e as pessoas que lentamente se foram
juntando à volta de uma mesa feita de areia e cangas, decorada com velas e
flores oferecidas, e recheada com algumas frutas, queijos, pãezinhos,
vinho, biscoitos. A única brisa que havia era quente, e os abraços e sorrisos
dos que estavam à minha volta tornaram a noite ainda mais quente, ainda mais
aconchegante, perfeita. Não poderia pedir mais. Sem dúvida a presença daqueles tantos
outros que estão longe e de quem tenho tantas saudades, mas seria ingrato pedir
o impossível, e, de alguma forma, todos estiveram presentes nessa noite longa e
perfeita.
No domingo, café da manhã demorado de
panquecas e fruta no nosso terraço, e dia de praia na nossa barraca 22 do Leme,
com a companhia e a alegria de sempre. E um grande, grande extra, que foi o
reencontro com a Té! Abraços quebra ossos,
histeria, ânsia por traduzir e
resumir as novidades em frases rápidas já com sotaque, por lhe apresentar os
amigos novos, reencontrar os amigos que ela já conheceu quando veio cá há 10
meses...
Fim de tarde na Babilônia, no bar do Davi,
conversando e comendo feijoada de frutos de mar com os amigos incansáveis, e
noite no terraço, com Rich, Té e Andreia, rindo e continuando com a saga de
querer contar tudo e saber tudo de uma só vez...
No ano passado, escrevi que durante todo o dia
de aniversário senti "alegria e gratidão por, ao longo de 32 anos, ter
a sorte de ir agregando à minha vida tantas pessoas e momentos especiais".
Um ano mais, já são 33, e sinto exatamente o mesmo! Nestes 365 dias
couberam tantas pessoas especiais e tantos momentos intensos, tanta
aprendizagem e riqueza emocional, que, assim, não custa ir envelhecendo!