sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O que fazer quando se sai às 23h do trabalho...??? (Quando tinha previsto e combinado com duas amigas sair às 18h para ir a um concurso de bolos-rei lá no palácio de São Clemente) ???
Colocar Marisa Monte no fone de ouvido, cair no banco do metrô, fechar os olhos, esquecer que até entrar em casa demorarei quase uma hora e pensar que amanhã já é sexta-feira. E que haverá Trem do samba no sábado, um mega evento que não perderei por nada. E que gosto do que faço, embora haja dias em que o cansaço quase me faça esquecer isso.
Cadê a fatia de bolo-rei e o vinho do Porto perdidos? ...

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Por fim a contagem decrescente...

Madrid-Barajas (MAD) a Lisboa (LIS)
Nº de voo: TP 1013
Saída: 12:10 sex 14 dez 2012
Chegada: 12:25 sex 14 dez 2012

Lisboa- Rio de Janeiro Internacional
Nº de voo: TP 75
Saída: 12:40 sex 14 dez 2012
Chegada: 22:25 sex 14 dez 2012

15 dias e uma quantas horas. Já faltou mais... mas 4 meses separados é dose.

domingo, 25 de novembro de 2012

Esta melodia


Eu tinha esperança que um dia ela voltasse
Para a minha companhia
Deus deu resignação
Ao meu pobre coração
Não suporto mais tua ausência,
Já pedi a Deus paciência

Quando vem rompendo o dia
Eu me levanto, começo logo a cantar
Esta doce melodia que me faz lembrar
Daquelas lindas noites de luar
Eu tinha um alguém sempre a me esperar
Desde o dia em que ela foi embora
Eu guardo esta canção na memória
Desde o dia em que ela foi embora
Eu guardo esta canção na memória

Laiá laiá lalaiá, laiá laiá lalaiá
Laiá laiá, lalaiá lalaiá, lalaiá laiá
 
Marisa Monte & Velha Guarda da Portela

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

E assim começa mais um fim-de-semana...


Sair do trabalho e ter o privilégio de assistir a um fim de tarde como este não tem preço.
Apaixono-me por esta terra todos os dias...

Papá noel e o calor

É muito estranho ver decorações de Natal nas ruas, papais Noel nas lojas, presépios, caixinhas de boas festas no balcão dos supermercados, adornos natalícios no próprio local de trabalho e, ao mesmo tempo, sentir um calor tremendo, andar de havaianas no pé e vestir roupa ligeira.
É estranho, parece que o tempo não tem passado e estou ainda em Agosto. Mas é bom. Não troco este sol, este calor, esta luz do dia que dura até cada vez mais tarde, pelos dias cinzentos e frios típicos desta temporada natalícia. Não troco não!

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Reentré

O pior de ter tido um mega feriadão, e com isso 6 dias sem trabalhar, é regressar e ter uma pilha de mails para ler e resolver, reuniões por agendar, visitas de campo e um sem-fim de assuntos que tratar. Devia ser proibido regressar assim de uma hibernação tão profunda!
Mas até que teve a sua parte agradável, pois mudámo-nos para umas novas instalações e o ambiente era, embora ainda de arrumações e obras, de plena harmonia. Estamos agora no quinto andar de um palacete pertencente à Igreja Católica, com chão de madeira, tectos direitos altos, vitrais lindíssimos, casa de banho com dimensões de sala, uma banheira antiga e um espelho tamanho XL, janelas altas, escadas em caracol que dão a um pátio, várias varandas com vistas para a marina da Glória e o Redentor.
Mesmo assim, não foi fàcil saír de lá já de noite sem ter dado conta de todos os emails recebidos...

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Ilha purificadora


 "Já lá estou antes de chegar
E ainda lá ficarei depois de ter partido."

Regresso de 6 dias de isolamento total. A mochila ainda por desfazer, as botas de montanha sujas,  umas barritas de cereais que sobraram, a roupa húmida, a máquina fotográfica repleta de natureza, caras sorridentes e momentos inesquecíveis. E a alma cheia. Muito cheia!
Regresso da Ilha Grande, destino paradisíaco de mar e montanha. Sem carros, sem rede de celular, sem computador. Mata Atlântica e o oceano Atlântico. Poucas pessoas, alguns pescadores, humildes e tranquilos, e mais uns aventureiros curiosos e felizes.
Caminhar duas e três horas através da mata, descobrir alguma praia paradisíaca, nadar em águas serenas e cristalinas, descansar na areia, caminhar por outra trilha, comer peixe com arroz e feijão, tomar banho com sabão de côco em chachoeiras, e aproveitar para relaxar os ombros doridos da mochila, assistir ao pôr do sol, observar o céu completamente estrelado, pedir desejos ao ver três estrelas cadentes, ouvir sambas e chorinhos por um grupo de amigos que se reune cada ano para tocar e confraternizar, cair na tenda cansada, mas feliz, e despertar no dia seguinte sem saber ao certo em que dia estou, e nem me preocupar por isso. Ou acordar a meio da noite para proteger as mochilas porque começou a chover intensamente. Nadar, correr, caminhar, descansar na areia, e simplesmente contemplar o horizonte sem pressas e sem preocupações. Deixar que os olhos deslizem por cada contorno do horizonte, pousem num barco de pescador, numa árvore, numa montanha. Deixar que os pensamentos naveguem com as ondas do mar.
A Ilha Grande é um daqueles lugares nos quais o mundo até podia acabar que ninguém ali daria conta.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Sons e imagens

O que dizer dos sons que ouço desde o meu quarto enquanto desfolho um livro numa noite de terça-feira com sabor a quinta? A chuva, as ondas do mar, a buzina insistente de um navio perto da costa. Abro a janela, vejo uma cortina de neblina sobre o mar, tapando o morro do Leme, lá ao fundo quatro navios com luzes amarelas, e à direita, lá longe, o forte de Copacabana também devidamente iluminado.
Não me canso de valorizar estes sons, estas imagens. Sempre desejei viver perto do mar. Às vezes diziam-me que assim deixaria de lhe dar importância. Mas ele está ali, todos os dias, e todos os dias me maravilho com a sua beleza, a sua imensidão, a sua força.
Um dia, era eu ainda adolescente (nossa, quão longe isso está), li uma frase da Sophia de Melo Breyner que me marcou para sempre: Quando morrer voltarei para buscar os instantes que não vivi junto do mar. Agora, felizmente, esses momentos são cada vez menos. E não me canso. Nem deixo de o valorizar. De o ver. E de o ouvir.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Da saudade

Do nada, embalada que estava na rede a navegar pela net com o som das ondas do mar, apeteceu-me ouvir Mondeguinas.
Velhos, bons e intensos tempos.
Mal ouço o trinar dos bandolins, sinto um aperto no coração. Um aperto daqueles bem forte. Da saudade. Esta música nasceu já nos meus últimos meses e desde os primeiros acordes me deixou emocionada.
Viajo e relembro os 6 anos que vivi entre ensaios, reuniões, assembleias, atuações, festivais, encontros. A pandeireta desgastada com suas fitas vermelhas, a capa negra rasgada, o malmequer atrás da orelha, e cada vez que subiamos a palco era um momento especial. As viagens de autocarro, as noites sem dormir, os jantares, as serenatas, as noites na AAC.
Fui muito feliz. E sou tão feliz ao recordar esses bons e velhos tempos!


Vou cantar esta canção
Vou mostrar o coração
À noite que sem idade
Me consome de saudade

Na orelha o malmequer
Que sorri a quem vier
E quiser parar
Ouvir esta balada

Mondeguinas a cantar
Com guitarras sem descansar
Capas negras embalam 
A magia da cidade

Da Saudade...

Se eu chorar
Nao é por sofrer
Se eu chorar é por te ver
No contorno do luar
Eu canto em qualquer lugar
Na orelha o malmequer
Que sorri a quem vier
E quiser parar
Ouvir esta balada

Mondeguinas a cantar
Com guitarras sem descansar
Capas negras embalam 
A magia da cidade

domingo, 11 de novembro de 2012

Planos para quê?

Sábado chuvoso. Cinzento, húmido. Longo e caprichoso café da manhã, um pouco de leitura. Saí de casa com a ideia de voltar cedo, lá pro fim da tarde. Risotto de camarão em Santa Teresa numa varanda sobre o morro do Prazeres, o morro do Fogueteiro, a baía de Guanabara, ponte de Niteròi, Santuário da Penha, Telefèrico do Complexo do Alemão. Visita à Feira Literària das UPP (FLUPP), no morro do Prazeres. Desfolhei livros, assisti à conferência do Ferreira Gullar. Desci caminhando por Santa Teresa, de guarda-chuva na mão e conversa animada. Noite no Bar do Gomez, esse espaço meio espanhol com empanadas riquisimas. Risadas, muita conversa, discussões sobre o maior rio do Brasil e outras tantas coisas. Cheguei a casa era quase uma e relembrei que só vamos ali à FLUPP e regressaremos cedo a casa
Domingo com 31 graus e muito sol. Trilhas pelo morro da Babilônia, descobri uma que vai dar à Praia Vermelha e mergulhei em pleno Oceano gelado, em frente ao Pão de Açucar sem ninguém à volta...  Nem é preciso saír do nosso morro para estar em plena Mata Atlântica com vistas maravilhosas sobre Copacabana, o Cristo, o Pão de Açucar e a baía.
Cheguei a casa às 14h, troquei as botas de montanha pelas hawaianas e desci o morro para dar um mergulho no mar e venho daqui a pouco porque à tarde quero aproveitar para fazer umas coisas em casa e trabalhar.
Cheia de sal e areia no corpo, rosto quente e queimado, subi o morro às 21h, relembrando que o daqui a pouco é cada vez mais relativo nesta cidade. Não se fazem planos, os planos nos fazem...
Agora são quase as 23h e, sim, é domingo à noite e tenho que trabalhar...