Lua cheia. O mar escuro, quente, suave, com a sombra da lua iluminando o caminho. Saímos do Posto 6 e fomos até à Praia do Arpoador. Uma braçada atrás da outra. As pernas batendo com cadência. 2500 metros. Em vários momentos, senti-me muito pequenina, minúscula, em pleno Oceano Atlântico, com a lua cheia lá em cima e uma imensidão de água à minha volta. Uma braçada atrás da outra. As pernas batendo com cadência. O cansaço teria que esperar. As luzinhas do Vidigal começaram a aparecer, as silhetas dos pescadores na Pedra diziam-me que já estava perto. E consegui. A primeira travessia no mar, e noturna!...
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Reencontros
Foi há precisamente 8 anos. Fevereiro de 2005.
Naquela pequena e luminosa sala do curso de alemão, entre declinações e frases só
compreensíveis com a ajuda do dicionário e de muita persistência, na bela e
saudosa cidade de Stuttgart. Quando nos apresentámos, rapidamente senti uma
enorme sintonia, provavelmente pela proximidade cultural, e certamente pela
simpatia que vinha daqueles sorrisos. Mein Name ist Rafa, ich komme aus Brasil (...) Ich bin Anneliese, ich komme aus Brasil (...) Mein Name
ist Rodrigo, ich komme aus México. A partir daquele momento, não
nos separaríamos mais nos meses seguintes. Através do Rodrigo, conhecemos o
Carlos, o Aram, o Erick. E formámos uma família. Estávamos juntos todos os
fins-de-semana, fazendo jantares ou lanches em casa uns dos outros, conversando
muito, jogando ao risko, saindo para dançar à noite, passeando por aquele belo
parque, saltando no trampolim do AKI... inventando mil e um programas para
estarmos juntos. Eu tinha chegado a Stuttgart há 4 meses e durante esse tempo
tinha estado completamente sozinha, pelo que a minha estadia mudou
completamente a partir do momento em que os conheci.
Quando o Rafa partiu, o primeiro de todos nós,
ficou aquela sensação de ter conhecido uma pessoa maravilhosa e uma grande
frustração por não poder viver mais momentos com ele. Fizeram-se promessas de
amizade eterna, de possíveis reencontros...
Eu tinha 24 anos. Ele, 20! Relembro várias tardes
conversando sobre os nossos futuros, os nossos sonhos... e de partilhar com
ele, com a Anne, a minha certeza de não querer voltar a Portugal, de querer
viver em vários lugares do mundo, de querer continuar a trabalhar em projetos
sociais... Tudo estava em aberto... só tinha esses desejos, esses sonhos, e a
certeza que estava vivendo um ano maravilhoso, repleto de experiências intensas
e aprendendo muito, muito, muito.
Amanhã o Rafa faz 28 anos e às 9h30 chegará ao
aeroporto Santos Dumont para passar 4 dias no Rio. Não consigo evitar
emocionar-me só de pensar que nos reencontraremos. Em Julho de 2010, em plena
lua de mel, eu e o Rich vivemos uns dias maravilhosos em Florianópolis com ele.
As noites de sambinha, o rodízio de pizzas, os passeios pelas praias da ilha, o
serão na casa humilde do amigo pescador, o mate tomado na frente da casa da Natalia, com
vistas para o mar, o arroz de marisco que preparámos, o pão de queijo naquela
casinha tão pitoresca, a chuva que não parava de caír e o Rafa dizendo, a todo
o momento, "Florianópolis é muito
mais lindo com sol"...
Foi na lua de mel quando me apaixonei pelo Rio e disse que queria viver e trabalhar aqui. Do Rio fomos para Floripa, daí para Iguaçu, Buenos Aires, Ushuaia... 5 semanas de muitas aventuras por vários lugares... E, agora, em Fevereiro de 2013, estou vivendo no Rio, prestes a reencontrar-me com este grande amigo, para relembrarmos juntos os momentos que vivemos em Stuttgart e em Florianópolis e para, sobretudo, vivermos momentos também inesquecíveis nesta cidade maravilhosa.
Foi na lua de mel quando me apaixonei pelo Rio e disse que queria viver e trabalhar aqui. Do Rio fomos para Floripa, daí para Iguaçu, Buenos Aires, Ushuaia... 5 semanas de muitas aventuras por vários lugares... E, agora, em Fevereiro de 2013, estou vivendo no Rio, prestes a reencontrar-me com este grande amigo, para relembrarmos juntos os momentos que vivemos em Stuttgart e em Florianópolis e para, sobretudo, vivermos momentos também inesquecíveis nesta cidade maravilhosa.
Confesso sentir um pouco de angústia por pensar que
já se passou tanto tempo. Principalmente quando me deu para fazer as contas e
constatei que tinha 24 anos quando vivi em Stuttgart! Recém-licenciada num
curso com o qual não me identifiquei, comprovando na prática que o que eu
queria mesmo era trabalhar no mundo do social, mais segura que nunca de querer
viver fora do meu país e ainda mais segura de querer estar junto do Rich onde
quer que fosse. Também nessa altura as saudades eram muitas e já não imaginava
a minha vida sem ele...
Vai ser bom, muito bom mesmo, ter estes dias para
poder relembrar o passado, falar do presente e partilhar os sonhos do futuro
com o Rafa. Não me resta duvida que a verdadeira amizade não conhece fronteiras
nem o passar do tempo. Quando as pessoas se querem reencontrar, mais tarde ou
mais cedo, isso acontece. Isso me reconforta, pensando nas tantas pessoas que
se têm cruzado na minha vida e que vão ficando espalhadas pelo mundo. E das quais tenho muitas, muitas saudades.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Amor em tempos de crise
A reportagem "o amor em tempos de crise" (no es amar en tiempos revueltos, nooo) que saiu na revista do
jornal Globo deste domingo, na qual eu e o Rich saimos, entre outros
casais europeus, fez com que passasse todo o dia de hoje com as
bochechas bem coradas quando me cruzava com alguém e, já esperando,
escutava: eu vi você no Globo!
No trabalho passaram-me a chamar "a menina Globo". Sorrio, envergonhada.
No trabalho passaram-me a chamar "a menina Globo". Sorrio, envergonhada.
Dois dias depois de cinco
É fantástico, depois de cinco dias de trabalho, ter sempre
dois para poder passear, estar com os amigos, dançar, conhecer lugares novos,
fazer trilhas, curtir a praia... desfrutar. Outro dia saiu-me esta frase bem cá
de dentro, e os amigos à volta riram-se. Queixaram-se que devia ser ao contrário... Trabalhar dois e curtir cinco.
Talvez seja uma questão de perspectiva. Ou
também de gostar ou não do que fazemos no trabalho. E também de procurar fazer
algo bom todos os dias, não esperando apenas pelos fins de semana. Eu, por
exemplo, ganho logo o meu dia acordando com o nascer do sol no mar e descendo à
praia para nadar ou correr. Até podem as horas seguintes serem mais duras ou
stressadas, mas esse momento matinal já me dá forças para enfrentar todos os obstáculos.
Uma
amiga diz que eu devo ter a pílula da
felicidade e que poderia começar a comercializa-la. Eu acho que tenho é
muita sorte por a vida ser generosa comigo e por conseguir reconhecer
isso também.
Contrastes
Cada vez que pego o ônibus para me deslocar nesta
cidade, ou seja, TODOS os dias, questiono a impunidade da condução
imprudente dos motoristas. Parece incrível como podem conduzir tão
velozmente, tão loucamente, saltando semáforos, serpenteando curvas a
velocidades proibidas, fazendo travagens bruscas, passando os pontos
mesmo quando fazemos sinal para parar...
É um verdadeiro contraste com o deixa a vida me levar, vida leva eu, o logo eu passo lá em casa (e não passar nem dizer nada), e o tô indo e
chegar 2 horas atrasados ou nem sequer chegar dos cariocas. Há muitos
momentos que aqui parece acontecerem languidamente, como um
espreguiçar de domingo sem pressa para levantar... e outros que se
assemelham a um furacão, que nos deixam tontos e confusos, sem saber
onde estamos e de onde vimos.
Contrastes. Eu insisto que esta é uma das palavras que melhor descreve o
Rio de Janeiro. Os edificios, os hoteis do asfalto e as casas das favelas, a arquitetura de cimento e
o verde denso dos morros, os ricos e os pobres, o deslizar das bicicletas e
skates no calçadão e o trânsito frenético das estradas, a brisa do mar na
zona sul e o ar cinzento e poluido da avenida brasil, o funk e o samba, a ordem e
limpeza de alguns lugares e a sujeira e bagunça de outros, a
frescura e modernidade das estações de metrô da zona sul, o abandono e
pobreza da central do Brasil e arredores, o requinte dos restaurantes e lojas do
Leblon e a informalidade dos botecos e postos ambulantes do centro, a facilidade com
que alguém começa uma conversa no ônibus e os encontrões até perder a respiração da multidão desconhecida em hora de ponta no metrô...
É certo que em todas as cidades existem contrastes... mas aqui, seja pela geografia, pela sociedade, pela cultura, pela História... pela mistura de muitos fatores... não sei... parece que esses contrastes são mais evidentes, tocam-se, afastam-se, voltam a tocar-se... num vai-vem constante que faz com que, em apenas um dia, se observem e se vivam imensos contrastes nesta cidade.
É certo que em todas as cidades existem contrastes... mas aqui, seja pela geografia, pela sociedade, pela cultura, pela História... pela mistura de muitos fatores... não sei... parece que esses contrastes são mais evidentes, tocam-se, afastam-se, voltam a tocar-se... num vai-vem constante que faz com que, em apenas um dia, se observem e se vivam imensos contrastes nesta cidade.
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Pequenos prazeres
O fim-de-semana começou bem, dando um mergulho no mar depois do trabalho, com direito a pôr do sol desde a Pedra do Leme regado de água de côco e acompanhado da conversa de amigos... que se alongou pela noite na areia... e terminou saboreando uma deliciosa pizza do Zona Sul e um gelado Macadamia da Haagen Daz... pedir mais o quê?
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Entre parêntesis
Sem
me dar conta, o Carnaval começou a chegar ao fim. Ao contrário de outros lados
do mundo, em que na quarta-feira de cinzas retorna tudo à vida normal, no Rio
de Janeiro a festa ainda continua e o parêntesis que se abriu na sexta-feira de
Carnaval só fecha no próximo domingo. Mas agora é como se estivéssemos numas
reticências dentro desse parêntesis... o ritmo abrandou um pouco... os blocos
de rua diminuíram... já soubemos a classificação das escolas de samba... algumas
pessoas começaram a trabalhar... mas, aos mesmo tempo, os foliões mascarados continuam
desfilando nalguns blocos, o sol queima as praias repletas de gente, as ruas guardam
ainda os restos da euforia e das cores que por elas passaram.
É
difícil para mim descrever o Carnaval nesta cidade. Relembro momentos e imagens
e vêm-me à cabeça palavras como cor,
sorrisos, samba, máscaras, brincadeiras, surrealismo, poesia, disfarces, confettis,
céu azul, marchinhas, amor, euforia, calor, gargalhadas... mas não sou
capaz de juntar todas elas e fazer frases que consigam fazer um retrato do
Carnaval. Fui
muito feliz. Emocionei-me, vivi incansável, uns dias acordei com o nascer do
sol, outros dias deitei-me com o nascer do sol, saltei, sorri, cantei, dancei,
brinquei. Vivi momentos únicos neste parêntesis pintado de mil cores e de mil
sorrisos. E como diz um amigo, “o melhor,
Ana? É que pro ano tem mais...”
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Rancho Carnavalesco Flor de Sereno
Maravilhoso. Músicos incríveis, músicas lindas, boa companhia e o rancho carnavalesco Flor do Sereno fez os mascarados dançar, brincar e lembrar que o Carnaval é uma explosão de felicidade.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
24 horas de Carnaval
O domingo de Carnaval despertou com o sol a raiar no mar. Eram as 6h50 quando me levantei, energética, coloquei um samba a tocando e me mascarei. Às 9h já estava no primeiro bloco de rua, lá na Praça XV, o bloco do Boitatá. Um bloco parado, no palco, tocando marchinhas e sambas. Todo o mundo mascarado, jovens, muitas crianças, pessoas mais velhas, todos saltando, cantando, rindo debaixo de um sol abrasador. Havia polícias, pescadores, pierrôts, a barbie e o ken dentro de caixas da Mattel, uns quantos Wallys esperando ser encontrados, Carmens Miranda, jogadores de ténis, estrumfs, reis da cachoeira, o super mario, cones de trânsito, colegiais, barmans, o cupido também andava lá a lançar setas, palhaços, hawaianas, indios... Imaginação é coisa que não falta no Carnaval. Nem cor, nem alegria, nem espectáculo, nem euforia. Do Boitatá fomos para outro bloco, da Dona Nenen, que tomou a escadaria do palácio Tirantes e transformou o cenário em algo bastante irónico. E depois saímos no Boi Tolo pelas ruas do centro do Rio e acabámos na Praia da Flamego. Daí para outro bloco e, mais tarde, depois de uma fortuita passagem pela Lapa, o nosso destino final foi a Marquês da Sapucaí. É realmente impressionante... As bancadas repletas de gente, ao fundo fogos de artifício no céu e a avenida manchada de cor... As fantasias, os carros, as baianas, as velhas guardas, as baterias... simplesmente lindo... Eram umas 4 horas da manhã quando a minha Portela começou a desfilar e foi como um sonho...! Saltei e cantei Abre a roda, chegou Madureira até à exaustão, me emocionei... e entretanto o domingo de Carnaval terminou com o sol a raiar no mar. Sem dar-me conta, nasceu a segunda-feira de Carnaval... e apenas sei que fui muito feliz nas últimas 24 horas!
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Retalhos de cetim
Ensaiei meu samba o ano inteiro,
Comprei surdo e tamborim.
Gastei tudo em fantasia,
Era só o que eu queria.
E ela jurou desfilar pra mim,
Minha escola estava tão bonita.
Era tudo o que eu queria ver,
Em retalhos de cetim.
Eu dormi o ano inteiro,
E ela jurou desfilar pra mim.
Mas chegou o carnaval,
E ela não desfilou,
Eu chorei na avenida, eu chorei.
Não pensei que mentia a cabrocha,que eu tanto amei.
Comprei surdo e tamborim.
Gastei tudo em fantasia,
Era só o que eu queria.
E ela jurou desfilar pra mim,
Minha escola estava tão bonita.
Era tudo o que eu queria ver,
Em retalhos de cetim.
Eu dormi o ano inteiro,
E ela jurou desfilar pra mim.
Mas chegou o carnaval,
E ela não desfilou,
Eu chorei na avenida, eu chorei.
Não pensei que mentia a cabrocha,que eu tanto amei.
Benito di Palma
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Mas é Carnaval!
- Quem é você?
- Adivinha, se gosta de mim!
- Adivinha, se gosta de mim!
Hoje os dois mascarados
Procuram os seus namorados
Perguntando assim:
Procuram os seus namorados
Perguntando assim:
- Quem é você, diga logo...
- Que eu quero saber o seu jogo...
- Que eu quero morrer no seu bloco...
- Que eu quero me arder no seu fogo.
- Que eu quero saber o seu jogo...
- Que eu quero morrer no seu bloco...
- Que eu quero me arder no seu fogo.
- Eu sou seresteiro,
Poeta e cantor.
- O meu tempo inteiro
Só zombo do amor.
- Eu tenho um pandeiro.
- Só quero um violão.
- Eu nado em dinheiro.
- Não tenho um tostão.
Fui porta-estandarte,
Não sei mais dançar.
- Eu, modéstia à parte,
Nasci pra sambar.
- Eu sou tão menina...
- Meu tempo passou...
- Eu sou Colombina!
- Eu sou Pierrô!
Poeta e cantor.
- O meu tempo inteiro
Só zombo do amor.
- Eu tenho um pandeiro.
- Só quero um violão.
- Eu nado em dinheiro.
- Não tenho um tostão.
Fui porta-estandarte,
Não sei mais dançar.
- Eu, modéstia à parte,
Nasci pra sambar.
- Eu sou tão menina...
- Meu tempo passou...
- Eu sou Colombina!
- Eu sou Pierrô!
Mas é Carnaval!
Não me diga mais quem é você!
Amanhã tudo volta ao normal.
Deixa a festa acabar,
Deixa o barco correr.
Não me diga mais quem é você!
Amanhã tudo volta ao normal.
Deixa a festa acabar,
Deixa o barco correr.
Deixa o dia raiar, que hoje eu sou
Da maneira que você me quer.
O que você pedir eu lhe dou,
Seja você quem for,
Seja o que Deus quiser!
Seja você quem for,
Seja o que Deus quiser!
Da maneira que você me quer.
O que você pedir eu lhe dou,
Seja você quem for,
Seja o que Deus quiser!
Seja você quem for,
Seja o que Deus quiser!
Noite dos Mascarados - Chico Buarque
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Já chegou!!!!!
Jornal Globo - RIO - O prefeito Eduardo Paes entregou na manhã desta sexta-feira a
chave da cidade ao Rei Momo Milton Júnior, marcando o início oficial do
carnaval do 2013 no Rio. Simbolicamente, até Quarta-Feira de Cinzas, o
Rei Momo está no comando da cidade. A cerimônia, realizada no Palácio da
Cidade, teve a apresentação da bateria e do casal de mestre-sala e
porta-bandeira da Unidos da Tijuca, escola de samba campeã de 2012. A
cantora Alcione e integrantes da Confraria do Garoto também participaram
da cerimônia.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
É hoje o dia
A minha alegria atravessou o mar
E ancorou na passarela
Fez um desembarque fascinante
No maior show da terra
Será que eu serei o dono dessa festa
Um rei
No meio de uma gente tão modesta
Eu vim descendo a serra
Cheio de euforia para desfilar
O mundo inteiro espera
Hoje é dia do riso chorar
Levei o meu samba pra mãe de santo rezar
E ancorou na passarela
Fez um desembarque fascinante
No maior show da terra
Será que eu serei o dono dessa festa
Um rei
No meio de uma gente tão modesta
Eu vim descendo a serra
Cheio de euforia para desfilar
O mundo inteiro espera
Hoje é dia do riso chorar
Levei o meu samba pra mãe de santo rezar
Contra o mal olhado eu carrego meu patuá
Eu levei !
Acredito
Acredito ser o mais valente, nessa luta do rochedo com o mar
E com o ar!
É hoje o dia da alegria
E a tristeza, nem pode pensar em chegar
Diga espelho meu!
Diga espelho meu
Se há na avenida alguém mais feliz que eu
Diga espelho meu
Se há na avenida alguém mais feliz que eu
Eu levei !
Acredito
Acredito ser o mais valente, nessa luta do rochedo com o mar
E com o ar!
É hoje o dia da alegria
E a tristeza, nem pode pensar em chegar
Diga espelho meu!
Diga espelho meu
Se há na avenida alguém mais feliz que eu
Diga espelho meu
Se há na avenida alguém mais feliz que eu
Já pouco falta para o Carnaval 2013 oficialmente começar. Eu já só conto as horas para despachar a última papelada, enviar o último email, guardar tudo no cacifo e despedir-me dos colegas de trabalho com um Bom Carnaval!!
Acho que estou ficando cada vez mais carioca...
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Zezinho
Já tenho o meu
pandeiro de pele de couro, 10 polegadas, aro de madeira e achatado. Cumpridas
todas as recomendações do professor. É um Zezinho, famoso luthier
carioca.
Agora
é só começar a treinar para não estar completamente verde quando as aulas na EPM
começarem. Vizinhos, preparem-se!!!
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Pré Carnaval
Eu: Oi!!!!!
E aííííí, curtindo o Carnavauu?
Ela: Ei!!! Sim!!!
Mas ainda não é Carnavauuu!!
Encontro
casual com uma colega de trabalho em Santa Teresa, no meio do bloco de rua Céu
na Terra. Ainda não é Carnaval. Pois não. Mas então... o que foi que
aconteceu este fim-de-semana???
Os blocos
inundaram as ruas do Rio, repletos de gente mascarada e colorida e feliz e
eufórica e louca! No largo das Neves, as casas típicas de Santa Teresa
testemunharam o baile de foliões que se entregou às marchinhas de Carnaval. Se
você fosse sincera/ Ô ô ô ô Aurora/ Veja só que bom que era/ Ô ô ô ô Aurora (...)
Olha a cabeleira do zezé/ Será que ele é/ Será que ele é (...) Você
pensa que cachaça é água? Cachaça não é água não/ Cachaça vem do alambique/ E
água vem do ribeirão (...)
Ontem voltei
a Madureira, e o bloco Timoneiros da Viola emocionou-me com o Paulinho da Viola
sorrindo em todo o momento e cantando Foi um rio que passou em minha vida,
14 Anos, Filosofia do Samba,Timoneiro, Coração Leviano. A multidão
azul e branca entoava feliz cada letra, com o samba no pé e debaixo de
confettis, serpentinas e bolinhas de sabão. Reencontrei-me
com as novas amizades que fiz na última feira das Yabás, reconheci caras,
conheci outras, encontrei pessoas do trabalho. Madureira de repente parecia um
lugar comum, familiar. De repente a
bateria toma a palavra e eis que cai uma tremenda chuva sobre os corpos suados
e agitados. Parece que o céu ficou invejoso e quer participar da festa e, entre
raios e trovões, entra no ritmo forte e acelerado do repique, do surdo, do
chocalho, do tamborim. Quanto mais forte a chuva cai, mais as pessoas sambam e
saltam. É um momento completamente surreal, de euforia extrema. Noivas de
branco, óculos em forma de coração, chapéus, perucas verdes, bikinis, camisetas
azuis e brancas do bloco Timoneiros e da escola da Portela. É ela que despede o
dia, saindo da Quadra com o mestre sala e a porta-bandeira na frente, desfilando no último ensaio técnico antes da passarela. Abre a roda, chegou
Madureira...
O Carnaval
ainda não começou. A sensação que me dá é que nos próximos dias, quando
realmente começar, se abrirá um parêntesis na vida de todos os cariocas. (...)
Nas reticências, tudo acontece. Cada um dos três pontinhos está repleto de
música, cor e alegria. Venha o Carnaval 2013!
Para os que
estão longe e queiram assistir ao Carnaval de rua, aqui está uma boa
alternativa: http://www.youtube.com/carnaval
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Paulinho da Viola
Amanhã estarei em Madureira com os grandes Paulinho da Viola e o Nelson Sargento, homenageados no bloco Timoneiros da Viola. Lá estarei na feira das yabás pré-carnavalesca!
Ontem foi vez de assistir ao Naldo, à bateria da Escola de Samba da Mangueira e ao Seu Jorge na praia do Leme, mesmo em frente a casa, debaixo de uma noite quente e festiva.
Hoje já fui treinar de manhã, nadei muito no mar neste dia da Yemanjá, e à tarde tem bloco em Santa Teresa.
Muita folia. Muito sol e calor. Muita cor. Já está aí o Carnaval!!!!
Dia 2 de Fevereiro: dia de Yemanjá
Yemanjá, a raínha do mar, segundo as religões de matriz africana.
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