domingo, 9 de dezembro de 2012

Conduzindo pelo Rio

Quando a moça do rent a car me disse que poderia ser a segunda condutora do carro alugado pelo Projeto, mesmo com carta de condução portuguesa, sabia que ali começava um novo desafio. Conduzir no Rio de Janeiro, entre ônibus desenfreados, camiões rápidos e poeirentos, motos serpenteando velozes e apitando, carros, combis, vans que se atravessam à frente, passam pela direita, travam, aceleram, fazem o inimaginável, é, no mínimo, uma aventura temerosa.
Porém, depois da primeira vez que peguei no carro, com o meu colega do lado dormido e sem acudir aos meus pedidos de e agora por onde é?, dei por mim a conduzir sozinha em plena Avenida Brasil até ao Batan (favela a 42 km do centro), a explorar as ruas do Complexo do Alemão e a subir os morros a pique da Formiga e do Fogueteiro...
E agora lá ando eu, minúscula, absorvida por esse caos indescritível e essa poluição, com quase 40 graus de temperatura a desfigurarem o asfalto, dentro de um fiat uno climatizado ouvindo música clássica. Crio a minha própria borbulha dentro do carro, para poder sobreviver à tensão exterior. E que tensão!!!

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