domingo, 28 de julho de 2013

Quase voltando à normalidade

E eis que, por fim, o bairro começa a voltar à normalidade. Ainda existem várias mochilas verdes, amarelas e azuis caminhando pela orla, sentadas nas esplanadas, passando para cá e para lá, mas as filas das lanchonetes e dos restaurantes desapareceram, o trânsito começa a fluir, os banheiros químicos foram recolhidos, os oficiais do exército, os PMs, Polícia Municipal, etc., etc., já não estão em cada esquina, os cânticos e gritos e gargalhadas e apitos e "Chi chi chi le le le Chiiiiileee!" e "Esta es la juventud del Papa" e "Ar-gen-ti-na!" deram lugar a uma estranha tranquilidade com sabor a fim de festa.
Três milhões de peregrinos em Copacabana foi muita coisa. Mais algumas manifestações contra o Cabral, que chegavam já de noite vindas desde a casa do governador, e a marcha das vadias, movimento social que há anos que reinvindica pelos direitos das mulheres. E apesar do barulho de manhã à noite e da noite à manhã, dos helicópteros sobrevoando, e do tremendo cansaço que esse ruído provocava, das filas, dos transtornos, dos transportes lotados, das multidões... Apesar de várias críticas, dúvidas, pensamentos que sempre me surgem... foi interessante, e até emocionante, ver a transformação de uma cidade com a presença de tantos países em forma de sorrisos e vitalidade, movidos por uma fé. Me parece estranha, até, esta tranquilidade de fim de festa que de repente assoma o bairro. Nem sei como vou conseguir adormecer sem o embalo do "Chi chi chi le le le Chiiiileee!"

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