sexta-feira, 16 de agosto de 2013

6 graus de separação

E eis que, de um momento para o outro, comprovo - uma vez mais - que o mundo é muuuuuito pequeno. Un pañuelo. E que a vida tem casualidades, encontros, reencontros, maravilhosos.
Hoje recebi um telefonema a meio da tarde, de São Paulo. "Oi, Ana? Tudo bom! Desculpa estar-te a ligar... O Nils deu-me o teu contato... Eu também sou portuguesa, sou jornalista e trabalho numa ONG, mas estou com algumas dúvidas sobre o meu visto de trabalho. O Nils comentou que tu estavas a tratar do teu e... Tu também és jornalista? (...) Ah...! E em que ONG trabalhas...? (...)
Até aqui tudo bem. Esclareci algumas dúvidas, dei o meu email, falei-lhe do meu advogado e ofereci-me para a ajudar no que fosse necessário.
Mal desliguei o telefone, recebi um email dela e mandei-lhe outro com o contato do advogado e a indicação de alguns grupos do facebook de portugueses no Brasil, nos quais sempre se encontra informação útil sobre o tema da legalização. Pois é. Aí é que começa o surrealismo da história. Ou a Teoria dos Seis Graus de Separação. Respondeu-me imediatamente: Olá Ana, estou quase certa disto, mas tu fizeste Direito em Coimbra e foste voluntária da Ami no Porto? Ao ver o teu skype, fez-se luz! Acho que nos conhecemos!
Não. Não é possível. Verão de 2004, nas vésperas de me formar e de partir para Stuttgart. Manhãs e princípios de tarde na AMI do Porto, colaborando no vestuário e no refeitório. Entre distribuir roupa, arrumar pacotes nas prateleiras, servir comida e colocar os pratos na máquina de lavar, conversas e sonhos partilhados com a Helena. E, passados 9 anos sem contacto – durante a minha estadia na Alemanha ainda trocamos uns emails, mas depois nunca mais - a advogada da ONG onde ela trabalha conhece um amigo meu alemão, liga-lhe para tirar essas dúvidas sobre o visto e ele dá-lhe o meu celular. Incrível?!
De acordo com a Teoria dos Seis Graus de Separação, surgida na década de 60, entre duas pessoas existem apenas seis contatos intermediários, mesmo que elas estejam em lados opostos do mundo. Ou seja, são necessários no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas.
Teoria comprovada. Muitas e muitas vezes, principalmente desde que cheguei ao Rio.

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