Passados 4 dias, para além
dos olhos curiosos que sinto sobre mim, de vez em quando já surge um "oi
Ana, tudo bom?". Já conheço algumas crianças, pais de crianças, o
Paulo da mercearia, o António que me carregou a bateria do celular porque o meu
não funciona, a Ariane que tem o ciber café e está a estudar engenharia
tecnológica. Conheço os vigias que estão nas esquinas com rádio para
comunicarem entre eles e com alguma que outra arma aparatosa à cintura.
Ando pelas ruas com
confiança, vejo sempre alguém conhecido e já me viro sozinha. Sinto-me bem
aqui, privilegiada por poder ter a oportunidade de viver numa favela e conhecer
de dentro a realidade que muitos só vêem de fora.
Força Ana! Beijo grande :)
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