quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Entre parêntesis

Sem me dar conta, o Carnaval começou a chegar ao fim. Ao contrário de outros lados do mundo, em que na quarta-feira de cinzas retorna tudo à vida normal, no Rio de Janeiro a festa ainda continua e o parêntesis que se abriu na sexta-feira de Carnaval só fecha no próximo domingo. Mas agora é como se estivéssemos numas reticências dentro desse parêntesis... o ritmo abrandou um pouco... os blocos de rua diminuíram... já soubemos a classificação das escolas de samba... algumas pessoas começaram a trabalhar... mas, aos mesmo tempo, os foliões mascarados continuam desfilando nalguns blocos, o sol queima as praias repletas de gente, as ruas guardam ainda os restos da euforia e das cores que por elas passaram.
É difícil para mim descrever o Carnaval nesta cidade. Relembro momentos e imagens e vêm-me à cabeça palavras como cor, sorrisos, samba, máscaras, brincadeiras, surrealismo, poesia, disfarces, confettis, céu azul, marchinhas, amor, euforia, calor, gargalhadas... mas não sou capaz de juntar todas elas e fazer frases que consigam fazer um retrato do Carnaval. Fui muito feliz. Emocionei-me, vivi incansável, uns dias acordei com o nascer do sol, outros dias deitei-me com o nascer do sol, saltei, sorri, cantei, dancei, brinquei. Vivi momentos únicos neste parêntesis pintado de mil cores e de mil sorrisos. E como diz um amigo, “o melhor, Ana? É que pro ano tem mais...”

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