Sem
me dar conta, o Carnaval começou a chegar ao fim. Ao contrário de outros lados
do mundo, em que na quarta-feira de cinzas retorna tudo à vida normal, no Rio
de Janeiro a festa ainda continua e o parêntesis que se abriu na sexta-feira de
Carnaval só fecha no próximo domingo. Mas agora é como se estivéssemos numas
reticências dentro desse parêntesis... o ritmo abrandou um pouco... os blocos
de rua diminuíram... já soubemos a classificação das escolas de samba... algumas
pessoas começaram a trabalhar... mas, aos mesmo tempo, os foliões mascarados continuam
desfilando nalguns blocos, o sol queima as praias repletas de gente, as ruas guardam
ainda os restos da euforia e das cores que por elas passaram.
É
difícil para mim descrever o Carnaval nesta cidade. Relembro momentos e imagens
e vêm-me à cabeça palavras como cor,
sorrisos, samba, máscaras, brincadeiras, surrealismo, poesia, disfarces, confettis,
céu azul, marchinhas, amor, euforia, calor, gargalhadas... mas não sou
capaz de juntar todas elas e fazer frases que consigam fazer um retrato do
Carnaval. Fui
muito feliz. Emocionei-me, vivi incansável, uns dias acordei com o nascer do
sol, outros dias deitei-me com o nascer do sol, saltei, sorri, cantei, dancei,
brinquei. Vivi momentos únicos neste parêntesis pintado de mil cores e de mil
sorrisos. E como diz um amigo, “o melhor,
Ana? É que pro ano tem mais...”
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