segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

24 horas de Carnaval

O domingo de Carnaval despertou com o sol a raiar no mar. Eram as 6h50 quando me levantei, energética, coloquei um samba a tocando e me mascarei. Às 9h já estava no primeiro bloco de rua, lá na Praça XV, o bloco do Boitatá. Um bloco parado, no palco, tocando marchinhas e sambas. Todo o mundo mascarado, jovens, muitas crianças, pessoas mais velhas, todos saltando, cantando, rindo debaixo de um sol abrasador. Havia polícias, pescadores, pierrôts, a barbie e o ken dentro de caixas da Mattel, uns quantos Wallys esperando ser encontrados, Carmens Miranda, jogadores de ténis, estrumfs, reis da cachoeira, o super mario, cones de trânsito, colegiais, barmans, o cupido também andava lá a lançar setas, palhaços, hawaianas, indios... Imaginação é coisa que não falta no Carnaval. Nem cor, nem alegria, nem espectáculo, nem euforia. Do Boitatá fomos para outro bloco, da Dona Nenen, que tomou a escadaria do palácio Tirantes e transformou o cenário em algo bastante irónico. E depois saímos no Boi Tolo pelas ruas do centro do Rio e acabámos na Praia da Flamego. Daí para outro bloco e, mais tarde, depois de uma fortuita passagem pela Lapa, o nosso destino final foi a Marquês da Sapucaí. É realmente impressionante... As bancadas repletas de gente, ao fundo fogos de artifício no céu e a avenida manchada de cor... As fantasias, os carros, as baianas, as velhas guardas, as baterias... simplesmente lindo... Eram umas 4 horas da manhã quando a minha Portela começou a desfilar e foi como um sonho...! Saltei e cantei Abre a roda, chegou Madureira até à exaustão, me emocionei... e entretanto o domingo de Carnaval terminou com o sol a raiar no mar. Sem dar-me conta, nasceu a segunda-feira de Carnaval... e apenas sei que fui muito feliz nas últimas 24 horas!

Sem comentários:

Enviar um comentário